terça-feira, 14 de abril de 2009

Coruja de Minerva símbolo da filosofia

A coruja , o símbolo da filosofia, é a Coruja de Minerva. Minerva é uma deusa romana. Seu equivalente grego é Athena. A deusa Athena é filha deus dos deuses gregos, Zeus e Metis, Athena não nasceu de parto normal. Zeus engoliu a esposa, Metis, para se safar do filho que, pensava ele, poderia destroná-lo, como ele próprio fez com seu pai, Cronos. Athena Nasce após uma grande dor de cabeça de Zeus ao ter sua fronte aberta por um de seus filhos, Athena adulta. (Curiosamente a deusa da sabedoria sance em meio a dore de cabeça, mostrando que a sabedoria nãs surge como algo normal no ser e sim algo que incomoda o ser. É do incomodo da dor e da angústia que ela nasce, não nasce também atravez da forma visceral, eliminando, de certo modo, aquilo que é senssível, ou a episteme do corpo, desta forma ligamos de forma anatômica a inteligência e o conhecimento a cabeça, de onde nasceu a deusa da sabedoria.)
Athena esta ligada ao cuidado com as habilidades manuais, com as artes em geral, com a guerra enquanto capacidade de proteção e, enfim, com a sabedoria. Athena se torna protetora da cidade de Atenas após ser desafiado por Poseidon, que também desejava ser o protetor da mesma. Os deuses em reunião decretaram que ficaria com a cidade aquele que produzisse algo de mais útil aos mortais. Poseidon fez o cavalo, Athena fez a oliva. A vitória foi concedida a Athena. A disputa clássica na vida de Athena, no entanto, foi contra uma mortal, Arachne. Talvez fosse uma princesa, mas que aparece na mitologia como doméstica.
Arachne tecia muito bem, maravilhosamente, a ponto de dizerem que a própria deusa das habilidades, Athena, a havia ensinado. Mas Arachne negava tal fato e retrucava que poderia produzir uma rede muito superior a qualquer coisa que Athena fizesse. E assim desafiou a deusa. Athena transformou-se em uma velha e foi procurar Arachne, para aconselhá-la a não desafiar um deus. Mas Arachne ficou furiosa, e manteve seu desafio. E então veio o confronto. Ambas teceram rapidamente, mostrando uma habilidade incrível.
No produto de Athena, as figuras tecidas mostravam os deuses, imponentes, mas desgostosos com a presunção dos mortais. No produto de Arachne, as figuras exemplificavam erros dos deuses tudo em forma de deboche. O resultado foi que Athena não suportou o insulto, e se insurgiu contra Arachne. Quando foi para colocar fim na vida de Arachne sentiu piedade e a poupou, deixando-a viver como um estranho inseto, a aranha.
Para Platão Athena tornou-se protetora dos artesãos. Foi com Hegel que Athena se imortalizou para nós modernos na sua ligação com a filosofia mantendo seu nome romano colocando a coruja no centro da estória. Hegel dizia que a Coruja de Minerva levanta vôo somente ao entardecer, mostrando que a visão da filosofia está além do visível do sensível. Quando já não se enxerga mais através dos fatos é que a filosofia lança seu olhar em sobrevôo buscando minuciosamente entre a escuridão as verdades de seu discurso.